Próxima parada: Lar Doce lar
Nessa vida com criança em casa, a gente acaba por assistir umas animações que os pequenos veem. Deparei-me com essa, cuja sinopse é:
“Em Próxima Parada: Lar Doce Lar, cansados de serem trancados em um zoológico onde os humanos os olham como se fossem monstros, os animais mais mortíferos da Austrália; Maddie, uma cobra venenosa com um coração de ouro; Zoe, um lagarto; Frank, a aranha; Nigel, o escorpião, assim como seu nêmesis, Pretty Boy, um coala fofo mas desagradável, fogem de seu zoológico em direção ao Outback.”
Além dos momentos de fofura e referências a cultura pop, me captou a relatividade do conceito de herói e vilão no longa; para os animais, os humanos correspondem aos carcereiros, o lado maligno; já para os humanos, os animais são venenosos, por vezes é dito que a cobra, Maddie, pode matar uma centena de pessoas com suas secreções; além da periculosidade dos demais bichos. Agora haverá alguns leves spoilers, então continuar a leitura é por sua conta e risco. Durante a escapada, os animais se deparam com humanos que desejavam capturar os fugitivos. Visão do expectador, os animais aparecem com olhar assustado, de temor; há uma virada de jogo de foco, os animais aparecem sob a ótica dos homens, o olhar de vítima dos bichos muda para predadores, com aspecto agressivo. Isso é visto na animação algumas vezes, o que impossibilita uma aproximação entre as criaturas e os humanos. Quem quebra esse paradigma é um dos personagens secundários: o filho do responsável do zoológico, que percebe a bondade da serpente. Assim é em nossas vidas, nem sempre há um papel definido, às vezes somos vilões, outras horas somos heróis, depende da perspectiva.
E mais uma obra que trata da proximidade entre pessoas totalmente, que começam como inimigos e ao final se tornam amigos
No geral, recomendo para ver com a criançada, uma diversão boa para os pequenos.

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