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Carnaval na minha vida

Foto do escritor: Pedim GuimarãesPedim Guimarães



Como tive o privilégio de descansar esses dias, tirei um tempo para refletir sobre meus carnavais passados.

Na infância, bom... Gostava, não era época ainda da invasão baiana, o feriado se resumia a viagem e marchinhas, praia e almoço no meio da tarde.

Na adolescência íamos para Taíba, minha madrinha tinha uma casa lá e durante um tempo foi agradável, quando éramos mais novos. Depois... Bom... Não ficou tão bom... se é que vocês me entendem... Desculpa, família. Eis que entro na adolescência, hormônios, aquele lance todo dos jovens que envolve paquera, flerte, insegurança, pressão pré-adulto, aquela barra pesada toda. Dizem que esse período é lindo, mágico. Discordo. Essa minha fase se passou dos meados para o final dos anos 1990, a celebração não era como eu gostava, não mais no encontro festivo de outrora, de quando eu era criança. As marchinhas deram espaço ao axé, uma invasão da Bahia. Apesar de muitos criticarem o estilo no geral, essa pegada, há músicas interessantes, vez por outra tem ali um sonzinho de guitarra, aquela distorção gostosa, vide músicos como Armandinho, até os Chiclete com Banana, Asa de Águia. Há material interessante, algumas letras engraçadas, contudo, no geral, não me agrada. Como todo jovem em evento assim, eu me perdi no álcool, ficava muito doido. Depois de um tempo eu enjoei disso, perdeu a graça, logo eu que nunca tive muita sorte com paquera e tal. Eu já levei tanto fora que daria um texto, o suficiente para afetar minha autoestima até hoje.

E meu irmão foi crescendo, agora adolescente, eu e ele não queríamos viajar para esse clima praiano. Muitas vezes queríamos simplesmente ficar em casa jogando vídeo game e assistindo filmes, sendo felizes da nossa maneira. Vale lembrar que na casa da tia ficávamos aglomerados muitas pessoas em um imóvel não muito grande, e nossa família mais fechada era pequena (eu, mamãe e meu irmão), então éramos acostumados assim. Sei que o convívio social tende a engrandecer o ser humano, todavia eu gosto tanto do meu conforto, da minha privacidade... Após uns anos, fomos negociar com nossa mãe.

Nessa fase de adulto jovem descobrimos outras formas de aproveitar carnaval, em vez do ritmo baiano da praia fomos algo mais diferente: descobrimos o carismático carnaval de Guaramiranga. E lá foram diversas aventuras. Claro que algumas regadas à álcool, afinal ninguém é de ferro, né? Eu tenho um carinho especial por esse município porque foi lá, no seio dessa cidade Serrana do Maciço de Baturité, que eu me apaixonei pelo jazz e pelo blues. Havia muitas apresentações gratuitas de artistas fenomenais, tal como o virtuoso guitarrista do Angra, Marcelo Barbosa, que tocou ali na minha frente em um cenário improvisado na escola.

Já adulto, teve carnaval que eu já passei trabalhando, foi um carnaval de começo triste, inclusive coincidiu com meu aniversário. Estava ali, puto e triste, quando soube que havia uma nova série do Dragon Ball, fui assistir, foi muito massa! A abertura do anime começa cativante, com uma bateria naquele compasso bacana, aquele solinho de guitarra sagaz. Maratonei. Obrigado, Goku.

Hoje, depois de idas e vindas, cansaço e falta de grana, decidi ficar em casa mesmo, afinal minha rotina já é puxada. Bom, vou ali jogar Brawl Stars que o filho já está gritando meu nome. Calma, Cara...


Ah... achei um registro


Paulo André (primo), Dan (meu irmão), Mamãe, Eu, Lucas (primo) e Tiago (primo)

Paulo André (primo), Dan (meu irmão), Eu, Lucas (primo) e Tiago (primo)

Eu, Paulo André (primo), Dan (meu irmão), Tiago (primo) e Lucas (primo)

 
 
 

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