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Filme "Dias Perfeitos"

Foto do escritor: Pedim GuimarãesPedim Guimarães

“Dias Perfeitos” se assemelha a “Encontros de Desencontros”, tanto na fotografia como na cadência da película. Creio que alguns podem achar enfadonho não haver diálogos constantes, contudo, se você se permitir mergulhar na obra, com um tempo já rola uma identificação com o personagem, sobretudo quem já passou muito tempo sozinho. A beleza de “Dias Perfeitos” reside na relação entre o protagonista, Hirayama, e o cotidiano, uma rotina humilde – ele trabalha limpando banheiros, em uma casinha modesta (que não possui chuveiro), uma jornada diária alheia da avançada tecnologia japonesa – o nosso herói escuta música num artefato muito utilizado por mim: K7! Por falar na trilha sonora, incrível, com destaque para a participação de Lou Reed, tanto em carreira solo como no Velvet Underground. O título do filme é uma das músicas contidas na trilha sonora, “Perfect Days” (clica aqui para ler a letra). Outro aspecto tecnologicamente retrógrado: o uso de uma câmera para fotografar paisagens da vida, sim, ele revela as fotos.

Como diria na coluna da Rolling Stone da UOL “o tempo atropela o sofrimento e a rotina se torna fonte de felicidade”, já o Omelete comenta “Dias Perfeitos acha beleza e até variedade ao reconhecer crueldade da repetição”.

E encerro aqui, vá ver o filme.

Abraço

Paz

 
 
 

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