
Desde cedo convivi com histórias em quadrinhos (HQ), meu pai lia títulos da saudosa revista Tex no banheiro, quando eu vejo uma já me lembro do mormaço que ficava após o término do trabalho sanitário.
Tempos depois, me encantei com as figuras de heróis nas capas das HQs, porém, ao abrir para ler, batia preguiça, muitos balões. Tentei ler alguns personagens da Disney, mesmo jeito. Então descubro a maravilhosa Turma da Mônica com diálogos fáceis, curtos e precisos.
Assim desenvolvi meu gosto por HQs, bem como pela leitura. Por muitos anos fui assinante da Marvel, quando chegava a encomenda era euforia para mim e meu irmão. Tínhamos diálogos mensais do tipo:
- Ei, tu viu a revista do Wolverine?
- Não, comecei pelas Superaventuras Marvel – um mix de títulos menores da Marvel como Demolidor, Surfista Prateado, Doutor Estranho, Justiceiro, Luke Cage, Quarteto Fantástico...
Li pouco da DC, precisamente Batman e Lobo.
Anos depois entrei para o universo dos mangás, na época em que Naruto começara como anime, li os mangás para saber o desfecho antes. Estética interessante, afinal usam poucas cores, além do branco e preto algumas escalas de cinza, só, mais cores na capa, pronto.
Ao longo desses anos li muita obra maravilhosa, de HQs de grandes empresas, outras autorais e muita tirinha (ah, as tirinhas!!!).
Engana-se quem pensa que HQ se resumem a pessoas musculosas com uniforme, não; tampouco ao humor de tirinhas. Há mais conteúdo do que saber membros de equipes como X-Men, Vingadores. Há um conteúdo velado. O que antes era abordado na literatura, hoje vemos na cultura geek / pop. Se é feita uma leitura rasa... Bom, tomem como exemplo a Mafalda, Quino sempre trouxe pautas filosóficas para suas tirinhas. Ou vocês acham que ela não gostar de sopa não era uma crítica ao momento político?
E que o Angeli era gratuitamente escrachado?
Que X-Men não possui um discurso acerca de minorias?
Tchau galera, até a próxima, fui, até mais
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